António Costa acusou esta manhã Jeroen Dijsselbloem de ter uma visão “xenófoba, racista e sexista”. O primeiro-ministro considera que o presidente do Eurogrupo só tem um destino: “desaparecer”.
“Numa Europa a sério, a esta hora Dijsselbloem já estaria demitido”, disse Costa, à margem da conferência Football Talks, que decorre no Estoril.
Costa sublinhou ser “inaceitável” que Jeroen Dijsselbloem continue a exercer funções. “Portugal não tem lições a receber, cumpriu todos os compromissos”, disse o primeiro-ministro, sublinhando o défice mais baixo da história da democracia portuguesa alcançado no ano passado.
“Também não damos lições aos outros”, continuou Costa. “A Europa não se faz com Jeroen Dijsselbloem mas com aqueles que acreditam no projeto europeu, na igualdade. Com aqueles que respeitam e admiram o esforço extraordinário de países do Norte da Europa (…) mas também o esforço extraordinário de países do Sul da Europa para conseguirem corrigir a situação das suas finanças públicas com imenso sofrimento. Ofendeu-nos, demonstrou que é sexista, racista e xenófobo”.