Manuel Monteiro não afasta a possibilidade de regressar ao CDS e defende que PSD e os centristas têm de discutir aquilo a que chama uma “comunhão de espaço cada vez maior”.
“Depois de uma governação PSD/CDS, nós deveríamos reflectir sobre se faz sentido que continue a existir um PSD e um CDS, mesmo que tenham visões distintas em relação a determinados espaços da sociedade. Estou convencido que, se Sá Carneiro e Amaro da Costa não tivessem morrido, a Aliança Democrática ter-se-ia institucionalizado (…) e os dois partidos se fundiriam”, diz o ex-líder do CDS em entrevista à Antena 1.
Monteiro, que saiu do partido em ruptura com Paulo Portas, defende que “essa comunhão cada vez maior de espaço seria benéfica para a clarificação da vida política portuguesa”.
Manuel Monteiro tem participado, nos últimos tempos, em várias iniciativas políticas e não fechou completamente a porta a um regresso. “Nós na vida não podemos dizer nunca”, afirma o ex-deputado, acrescentando que se voltar a ter intervenção política será no CDS. “Se fizer alguma coisa há-de ser no CDS”.
O ex-líder dos centristas, que transformou o CDS em Partido Popular, critica a forma como a direita está a fazer oposição ao governo socialista. Para Manuel Monteiro, “as coisas estão a correr bem” a António Costa, porque “à direita a oposição não tem sido a mais feliz”. Manuel Monteiro acusa ainda a direita de se “deixar aprisionar por interesses e deixa de poder falar daquilo que deve falar”.