O CFP prevê também que a economia portuguesa cresça 1,7% em 2017 e 2018, desacelerando nos anos seguintes até 2021, "impulsionada pela procura interna" e salienta que estas projeções são num cenário em que são consideradas as medidas políticas tomadas até ao momento.
O relatório “Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2017-2021" projeta “uma redução gradual nos rácios de receita e despesa públicas face ao produto ao longo de todo o período 2017-2021, não considerando eventuais impactos de apoios ao sistema financeiro”.
De acordo com o organismo liderado por Teodora Cardoso, que apresentou o documento em conferência de imprensa, “daí resulta uma melhoria do défice entre 2016 e 2017 de 2,1% para 1,7% do PIB, seguida de uma ligeira deterioração até 1,8% do PIB".
Teodora Cardoso explicou que não é incluído o impacto de eventuais intervenções no sistema financeiro nestas projeções, porque "não se sabe o que se vai passar", mas admitiu que isso poderá ter um impacto na saída do Procedimento por Défices Excessivos (PDE)".
Este documento é uma actualização da avaliação do CFP às perspetivas de médio prazo para as contas públicas. Assim, os melhores resultados económicos e orçamentais de 2016 permitem uma evolução mais positiva para os próximos anos, que refete também o aumento do saldo orçamental primário (sem juros) de 2,2% do PIB em 2016, para 2,5% do PIB em 2017.