Santa Casa aposta na habitação e comércio nas zonas históricas de Lisboa

Numa altura em que Lisboa começa a receber cada vez mais turistas, mas também a perder muitos dos seus ‘alfacinhasde gema’, a Santa Casa decidiu apostar na habitação, nos espaços para comércio e na reabilitação de zonas históricas, que são muitas vezes deixadas ao abandono. Também a sededa instituição centenária vai ter obras de recuperação.…

Santa Casa aposta na habitação e comércio nas zonas históricas de Lisboa

São Roque. O coração da Santa Casa no Bairro Alto vai ficar mais bonito

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa decidiu apostar também na reabilitação da sua sede, no Largo Trindade Coelho

A sede da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e as suas redondezas também vão ter ‘novas caras’. 

Estão em andamento obras no Complexo de São Roque, no Largo Trindade Coelho, com o objetivo de prolongar o eixo longitudinal da escadaria da Provedoria e oferecer condições de circulação e de segurança adequadas. O objetivo é dar mais condições de trabalho aos funcionários da Santa Casa e permitir uma melhor funcionalidade dos serviços. Neste espaço trabalham 900 pessoas, de um total de cerca de 6000 que compõem os recursos humanos da instituição.
Para além destas obras, existem ainda o projeto de reabilitação da lavandaria central, construída em 1915. Esta tinha como função centralizar a limpeza das roupas de todos os equipamentos da Santa Casa  e irá agora albergar novos espaços para os funcionários desta instituição.

Entretanto, a Santa Casa já começou um novo projeto: a construção do auditório do complexo. O espaço foi desenhado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura, vencedor do prémio Pritzker em 2011, e terá uma vista privilegiada sobre a cidade de Lisboa. Conferências, apresentações e projeção de vídeos são algumas das muitas potencialidades do novo auditório, que passará a ser um novo cartão de visitas da Santa Casa.

Ao lado da sede da Santa Casa será reabilitado o Palácio de São Roque, um edifício que esteve sem utilização vários anos. A instituição decidiu trazer de volta o seu valor e fazer deste espaço, um edifício construído no século XVII, uma porta de entrada do Bairro Alto, com comércio, um núcleo museológico e serviços da área da Cultura da Santa Casa. 

Este último projeto foi entregue ao Gabinete de Arquitetura Falcão de Campos Arquitetos. Ao todo, estas obras de construção, recuperação e reabilitação terão um custo de cerca de quatro milhões de euros. Prevê-se que estas obras estejam concluídas entre o final deste ano e o princípio de 2018. 

Bairro Alto. Uma biblioteca encantadano Palácio Marquês de Tomar 

As obras neste edifício têm um objetivo muito específico: instalar a Biblioteca Brotéria, propriedade da Companhia de Jesus, que durante anos esteve guardada na rua Maestro António Taborda. Será um mundo novo a descobrir para muitos lisboetas e visitantes: 150 mil volumes, focados principalmente nas áreas de história, humanidades, literatura, filosofia e teologia. A obra prevê também a construção de salas de exposições temporárias, gabinetes de apoio, sala de leitura, cafetaria e zona de habitação ocasional no piso do sótão.   

Baixa. Rua dos Douradores

Para a reabilitação deste edifício, construído no início do século XIX, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa decidiu ‘voltar às origens’ e dar-lhe o uso que tinha antigamente: serviço maioritariamente habitacional, com novas infraestruturas e um elevador com acesso aos sete pisos existentes. No piso térreo, serão edificados três espaços comerciais.

Números: €1.190.000,01

Baixa. Rua da Prata

Na fase inicial deste projeto, o foco será repor coerência espacial e reverter algumas situações “gravosas” na estrutura e construção. Serão efetuadas intervenções na fachada, melhoramento das condições de segurança e de bem-estar.

Números: €547.336,38

Alcântara. Rua Jau

Na Rua Jau, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está a um novo edifício com seis pisos e cinco fogos. Destes, quatro são de tipologia T2 e um será T1. Apesar de ter sido decidido construir um novo edifício, o projeto teve em consideração o facto de este imóvel estar localizado em Alcântara, numa Zona Especial de Proteção.

Números: €527.367,51

Bairro Alto. Rua da Vinha

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa decidiu tirar partido da localização de excelência de um prédio na Rua da Vinha, no Bairro Alto, para melhorar o espaço. As remodelações são profundas. A cave e um dos fogos do piso térreo serão unidos, de forma a criar um T2 duplex; o outro fogo do piso térreo manter-se-á um T1; nos restantes pisos, será construído um fogo em cada um, com a tipologia T2.  

Números: €329.032,29

Estrela. Rua do Guarda-Mor

Este projeto na Rua do Guarda-Mor,na Estrela, cuja obra está a terminar, adaptará a compartimentação já existente no edifício à vida habitacional atual, reabilitando a fachada e aproveitando elementos da mesma. Foram criados sete apartamentos – seis T1 e um T2 no piso superior. E ainda um pequeno saguão.

Números: €266.355,52

Arroios. Calçada de Santana

Neste edifício do final do século XIX , com duas frentes de rua, foi realizada  uma reabilitação e requalificação do espaço já existente. O piso zero tem duas lojas. Nos restantes pisos existem seis frações, uma por andar: quatro T3 e um T2. Foi colocado um elevador.

Números: €630.000,01

Belém. Loteamento de Pedrouços

O Lote 1 será para habitação, estando prevista a construção de dois edifícios de quatro pisos, com 32 fogos de tipologias entre T2 e T5, e um parquede estacionamento com dois pisos.Já o Lote 2 destina-se à criação de um centro intergeracional e residência temporária assistida. Este projeto de loteamento está em análise na CML.

Números: 4.455m2
68 utentes

Ajuda. Loteamento do Rio Seco

Neste projeto, que visa combatera falta de fogos para estudantese seniores na Ajuda, está propostoum programa maioritariamente habitacional, com o complementode estabelecimentos comerciaise serviços. Ao todo, serão criadas 117 frações, com tipologias entre T0 e T3.

Números: 15.036m2
Utentes: 117