Caixa quer carrinhas itinerantes para compensar fecho de balcões

Ideia já tinha sido avançada ao i pelo presidente do sindicato nacional dos quadros bancários, Paulo Marcos.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) quer avançar com carrinhas móveis para alguns serviços nas localidades onde não há balcões. Esta é uma das soluções encontradas pela equipa executiva liderada por Paulo Macedo para compensar o fecho de agências e que já tinha sugerida ao i pelo presidente do sindicato nacional dos quadros bancários, Paulo Marcos.

"Acharia razoável que a Caixa não fechasse balcões onde é a única agência e, na eventualidade de isso acontecer, que adote soluções como foi feito noutros países, como é o caso de soluções itinerantes que possam providenciar serviços. Por exemplo, na Escócia, o Bank of Scotland fechou muitos balcões onde o negócio era residual e onde não havia muito movimento, mas optou por prestar um serviço itinerante com carrinhas. O importante é não sujeitar as pessoas a uma situação em que o balcão mais próximo seja a 60 quilómetros", revelou em entrevista ao i. 

Uma ideia que o presidente do sindicato dos trabalhadores da Caixa,  João Lopes é arriscada por motivos de segurança. "Parece-me algo arriscado só por um aspeto: uma carrinha itinerante seria uma presa fácil para os assaltos”, revelou ao i, apontado como melhor solução parcerias com as câmaras municipais e juntas de freguesia para que estas concedessem instalações para criar uma espécie de balcão volante. “Desta forma era possível continuar a servir a população sem estar lá sempre fisicamente e prestava serviços mais básicos, como levantamentos e depósitos todos os dias ou apenas nalguns dias da semana”, salientou.

A verdade é que a ideia de carrinhas itinerantes já foi autorizada pelo Banco de Portugal.

"O que pretendemos relativamente a esta possibilidade é ver que tipo de serviços a carrinha pode ter", admitiu o responsável do banco público, acrescentando que ainda se está a averiguar, por exemplo, como será feita a segurança a esta carrinha.