Para Mota Soares, este é "o Governo menos reformista de que há memória em Portugal". O centrista não estranha, por isso, que António Costa tenha dito que se "arrepia" quando ouve falar em reformas estruturais, mas lamenta que o primeiro-ministro não tenha tido "o vagar de vir à Assembleia da República para vir apresentar o seu PNR".
"Um país que não faça reformas é um país que está condenado a ficar para trás", defende o deputado do CDS, lembrando que "só em 2016 e 17 Portugal perdeu oito lugares no ranking da competitividade" e que isso aconteceu porque "o Governo perdeu o ímpeto reformista".
"O PS deixou de ter a coragem de fazer reformas", acusou Luís Pedro Mota Soares que lamenta o caminho de reversões feito pela atual maioria.
"O que nos arrepia é o investimento público ter caído para níveis de 1995", afirma Mota Soares, que explica o sucesso que se verifica no Turismo com a "reforma económica na área do Turismo" levada a cabo pelo anterior Governo, lamentando também que o atual Executivo tenha revertido o caminho da descida do IRC.
"Não nos resignamos com este crescimento poucochinho do país", declarou o ex-ministro do Governo de Passos e Portas.
O CDS traz hoje ao Parlamento dois projetos de resolução sobre o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas. Num deles, pede a reversão dos documentos para voltar às políticas do anterior Governo e a submissão destes programas à votação na Assembleia da República. No outro, apresenta 100 medidas em 35 páginas do que seria o Programa de Estabilidade se o CDS fosse Governo.
Ambos os projetos de resolução serão votados em plenário na sexta-feira e deverão ser chumbados com os votos da maioria de esquerda.