Confiança dos consumidores em máximos de 20 anos

O indicador de confiança dos consumidores portugueses está máximos de 20 anos e o indicador de clima económico mantém a trajetória de crescimento. Também o sentimento económico na União Europeia (EU) está em alta. 

De acordo com dados do Instituto Nacional Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores está em alta desde setembro, tendo apresentado em abril o valor mais elevado desde outubro de 1997,

O resultado prende-se sobretudo das expectativas relativas à evolução do desemprego e da situação económica do país, mas resulta de um contributo positivo de todas as componentes.

Já o indicador de clima económico tem mantido a trajetória ascendente desde janeiro até abril, após ter diminuído nos três meses precedentes. Segundo o INE houve subidas nos indicadores de confiança na indústria transformadora, na construção e obras públicas, no comércio e nos serviços.

Também na Europa o indicador de sentimento económico (ISE) está em alta. De acordo com dados da Comissão Europeia (CE), o ISE atingiu os 109,6 pontos na zona euro e os 110,6 pontos na EU em abril, novos máximos desde 2007.

Segundo dados da Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da CE, na zona euro, o indicador cresceu 1,6 pontos e no conjunto dos 28 Estados-membros UE aumentou 1,4 pontos, em abril, tendo melhorado a confiança em todos os setores de atividade económica.

As cinco principais economias da zona euro viram o indicador aumentar: na Alemanha cresceu 1,8 pontos, seguindo-se Itália (1,4), França (1,2), Espanha (1,0) e Holanda (0,8).

A prestação ligeiramente menos otimista do ISE na UE deve-se ao facto de este se manter praticamente inalterado no Reino Unido (0,3 pontos), a maior economia fora da zona euro, apesar de ter subido na segunda maior, a da Polónia (1,1 pontos).

A CE revelou ainda que o indicador que mede o clima de negócios na zona euro subiu 0,26 pontos para os 1,09 em abril, por comparação com março.

De acordo com os dados, as avaliações dos empresários do histórico de produção, carteira de encomendas e disponibilidade de produtos para entrega melhorou, tal como, em menor grau, as perspetivas sobre a carteira de exportações. A avaliação das expectativas de produção manteve-se inalterada.