"Tenho de lhe dizer, olhos nos olhos, que se ninguém foi capaz de o fazer na reunião do Eurogrupo, eu aqui no Parlamento Europeu digo-lhe cara a cara e olhos nos olhos que nós não nos satisfazemos com um simples pedido de desculpas", atacou Paulo Rangel.
O eurodeputado do PSD considera inadmissíveis as palavras do holandês que acusou os países do sul de "gastar tudo em copos e mulheres e depois pedirem ajuda", defendendo que deve abandonar o cargo, num dia em que está no Parlamento Europeu em análise a situação grega.
"O senhor presidente do Eurogrupo não tem condições para continuar como presidente do Eurogrupo, porque depois de ter feito as declarações que fez mostra que tem um preconceito", defendeu Rangel, que acredita que Dijsselbloem não pode propor programas a países que desconsidera.
"Como é que pode estar aqui a falar na Grécia, quando tem um preconceito relativamente ao povo grego, ao povo cipriota, ao povo português, que fizeram os maiores sacrifícios e que o fizeram com governos do PPE quando foram governos socialistas, da sua família política, que destruríram as nossas contas públicas e puseram países como a Grécia, o Chipre e Portugal na bancarrota?", questionou Paulo Rangel.
"Só tem uma saída. É demitir-se e demitir-se quanto antes", concluiu o eurodeputado português.