Na resposta, António Domingues assumiu que os formalismos foram "a menor" das suas preocupações.
Segundo os números hoje divulgados pelo próprio António Domingues, o escritório de advogados Campos Ferreira, Sá Carneiro e Associados e a consultora Mckinsey receberam 1,2 milhões de euros por quatro meses de assessoria no apoio à preparação do plano de recapitalização da CGD.
Esse montante, como Domingues confirmou, foi pago pela CGD e deveria, por isso, ter sido sujeito às regras da contratação pública, como frisou o deputado do CDS João Almeida, durante a audição do banqueiro na comissão de inquérito à CGD.
Mas não foi isso que aconteceu. António Domingues convidou os advogados e consultores com os quais já estava habituado a trabalhar – referiu mesmo ser amigo do advogado Francisco Sá Carneiro – sem qualquer procedimento de concurso público.
"Quantos aos formalismos foi a menor das minhas preocupações", assumiu o gestor, que se referiu ao valor pago aos consultores e advogados como "relativamente modestos" e assegurou que os os custos deste apoio "foram geridos com parcimónia".
"Eu sou a favor do cumprimento das regras, mas as circunstâncias foram as que foram", justificou-se António Domingues face às questões suscitadas por João Almeida.