O vereador do PCP da Câmara de Cascais, que esta manhã foi detido junto a uma obra, acredita que alguém o indicou à PSP como “alvo” e garante só ali ter estado para ajudar a população a obter esclarecimentos.
Clemente Alves disse ao SOL que a população está “indignada” com as obras, para a construção de um parque de estacionamento, que estão a ser feitas numa zona que, segundo o vereador, é de reserva ecológica nacional.
O vereador alegou que a sua presença junto aos trabalhos se deve ao convite de alguns populares, que já promoveram uma petição com um pedido de esclarecimento sobre a obra, com mais de 500 assinaturas.
Clemente Alves, também candidato à presidência da Câmara de Cascais nas autárquicas de outubro, contou que se identificou “como cidadão e como vereador”, como requisitado pela PSP, e insistiu saber o porquê da presença policial.
“Foi-me dito: ‘não tem nada a ver com isso’ e ‘saia daqui’. Ao mesmo tempo que diziam isto e me empurravam”, garantiu ao SOL, acrescentando que o atiraram ao chão e o levaram algemado para a esquadra da PSP.
“Fui derrubado, porque eu era o alvo, alguém indicou a pessoa do vereador como alvo a ser detido, porque alegadamente estaria ali a opor-me à concretização da obra , à movimentação de máquinas, o que não corresponde à verdade”, sublinhou ainda Clemente Alves.
No local terão estado elementos da câmara, mas, segundo o comunista, estes não “se dirigiram à população. Apenas intervieram para chamar a polícia”.