Estas são as principais conclusões de um estudo realizado pela Conforama e divulgado esta quinta-feira. O presidente da Associação Portuguesa do Sono (APS), Joaquim Moita, afirma que estes resultados são preocupantes e que estão “em linha com outros estudos que têm vindo a ser publicados. “Os portugueses dormem pouco, dormem mal e não fazem nada para o contrariar”, sublinha o médico, que considera que a “situação de Portugal é pior do que em outros países”.
Para o médico, as pessoas deitam-se muito tarde em Portugal, “seja por razões laborais ou recreativas” e, por outro lado, as fábricas e escolas começam a funcionar muito cedo. “É dada pouca oportunidade às pessoas para dormir”, conclui Joaquim Moita.
No estudo, é garantido que 63% das pessoas se deita à meia-noite ou mais tarde e 28% já se deita depois da uma hora da manhã.
O presidente da associação considera que é essencial dormir entre sete a nove horas por dia.
O estudo foi realizado no mês de janeiro pela Conforama, que é uma cadeia de lojas de mobiliário especialista em sofás e colchões, com recurso a uma amostra de 1200 pessoas com idade superior a 18 anos (48,3% homens e 51,7% mulheres).
Tanto nas crianças como nos jovens e nos adultos, a privação de sono pode traduzir-se em consequências graves, como é o caso dos diabetes, doenças cardiovasculares, sonolência diurna, problemas de memória e problemas de desenvolvimento cognitivo.