A Guarda Nacional Republicana (GNR) de Portalegre anunciou a detenção de dois indivíduos de nacionalidade chinesa na fronteira do Caia, em Elvas, Alentejo, por suspeitas de branqueamento de capitais. Os dois cidadãos chineses, de 35 e 36 anos, seguiam com 480 mil euros em numerário "em notas de 50, 100 e 500 euros" e foram apanhados "em flagrante delito", sendo presentes a primeiro interrogatório judicial ainda durante a tarde desta quinta-feira, de acordo com a GNR.
A detenção foi efetuada no âmbito da "Operação Fronteira Branca", relacionada com a visita do Papa a Fátima – foi reposto o controlo documental dos cidadãos nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres do país, desde a meia-noite de quarta-feira até à meia-noite do próximo domingo, por "razões de segurança interna e ordem pública", numa medida decidida pela Governo devido à "dimensão, características, complexidade do evento, visibilidade mediática e enorme afluxo de pessoas" que são esperadas em Fátima e ao "contexto atual de ameaça".
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), entidade responsável pela operação, indicou que, em todas as fronteiras, existem pontos de passagem autorizados, sendo nove as passagens terrestres: Valença-Viana do Castelo, Vila Verde da Raia-Chaves, Quintanilha-Bragança, Vilar Formoso-Guarda, Termas de Monfortinho-Castelo Branco, Marvão-Portalegre, Caia-Elvas, Vila Verde de Ficalho-Beja e Vila Real de Santo António.
A "Operação Fronteira Branca" inclui ainda um "reforço de atividade de fiscalização a estrangeiros" no país, "controlos inopinados aos voos Schengen nos aeroportos e embarcações nos portos e marinas, controlos móveis junto aos CCPA (Centros de Cooperação Policial e Aduaneira) e áreas adjacentes e possível reforço da fiscalização e controlo aos movimentos em aeródromos".