Francisco presidiu esta noite à tradicional bênção das velas do 12 de maio. Eram 22h20 quando abandonou o recinto de papamóvel. Segue-se a procissão das velas.
Na saudação dirigida aos peregrinos, o Papa lembrou que rezar o terço, um apelo central na mensagem de Fátima, é fazer o Evangelho “retomar o seu caminho na vida de cada um, das famílias, dos povos e do mundo”. Mas deixou um aviso à navegação. “Peregrinos com Maria… Qual Maria?”, questionou. “Uma ‘mestra de vida espiritual’ (…), a ‘bendita por ter acreditado’ sempre e em todas as circunstâncias, ou então uma ‘Santinha’ a quem se recorre para obter favores a baixo preço? A virgem Maria do Evangelho (…) ou uma esboçada por sensibilidades subjetivas que A vêem segurando o braço justiceiro de Deus pronto a castigar?”, disse. “Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus será feito na misericórdia ao julgamento”.
Mais do que uma mensagem de contornos até políticos, que deixou na primeira oração à chegada, Francisco falou do modo de viver a fé no dia a dia. “Possamos, com Maria, ser sinal de sacramento da misericórdia de Deus que perdoa sempre, perdoa tudo”.
Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa estão a assistir numa colunata do santuário. O Presidente da República tem nas mãos uma vela acesa.
A chuva parou, mas a noite arrefeceu. Outra novidade no santuário é o terço de Joana Vasconcelos, que já está iluminado.
(em atualização)
