A Associação dos Profissionais da Guarda – APG – criticou, esta sexta-feira, as condições em que considera que os profissionais da GNR destacados para o serviço em Fátima estão a viver, afirmando mesmo que são “desumanas”.
A APG adiantou, em comunicado, que a “Operação Fátima” tem implicado “o empenhamento de um número extraordinário de profissionais da GNR, que estão a dar o melhor de si, com elevado profissionalismo, para que tudo decorra dentro da normalidade”.
A Associação está ‘chocada’ com a situação e garante que “foi com profunda perplexidade e indignação” que teve conhecimento de que existem vários “profissionais que, durante esta operação, que durará em média quatro dias, ficarão alojados em condições sub-humanas”.
Segundo o comunicado, “alguns profissionais irão pernoitar num pavilhão da Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, sem acesso a instalações sanitárias que lhes permitam realizar a sua higiene pessoal diária e, ainda, sem alimentação garantida, na medida em que ficam sujeitos à existência de ‘sobras’ das refeições dos instruendos”. A APG lamenta ainda que “colchões no chão, sem lençóis ou cobertores”, sejam “a dignidade que a instituição confere àqueles que a servem”.
A Associação considera então que “estes profissionais, que se viram privados de usufruir das suas folgas por força do empenhamento mais que justificado nesta operação, mereciam o mínimo de condições para cumprirem a sua missão e não terem que prestar serviço em condições degradantes, que contrastam com os milhões de euros gastos no suporte à visita do papa”.