Acordo para prolongar corte de produção

A Rússia e a Arábia saudita anunciaram o prolongamento do acordo para o corte de produção de petróleo até março de 2018. O anúncio conjunto dos dois maiores produtores mundiais levou a um aumento imediato do preço do barril.

O anúncio acontece é feito antes de encontro em Pequim entre o ministro da Energia russo, Alexandre Novak, e o seu homólogo saudita, Khaled Al-Faleh, e antes da reunião a 25 de maio dos países da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

De acordo com o comunicado conjunto, existe a necessidade de “um prolongamento dos acordos [de redução da produção] em nove meses, até 31 de março de 2018", de forma a conseguir estabilizar o mercado.

A medida permitirá "reduzir os 'stocks' de petróleo ao seu nível médio dos últimos cinco anos e sublinha a determinação dos produtores de garantir a estabilidade, a previsibilidade e o desenvolvimento duradouro do mercado", acrescenta o comunicado.

Citado pela agência Bloomberg, Khalid al-Falih admitiu que "o acordo (de corte de produção) precisa de ser prolongado", visto que os níveis de produção atuais ainda são elevados e a OPEP precisa de mais tempo para chegar ao corte previsto.

O comunicado revela ainda que Moscovo e Riade vão consultar os outros países produtores de petróleo antes de 25 de maio para "alcançar um consenso completo" sobre um prolongamento em nove meses do acordo de redução de produção.

O anúncio provocou de imediato um aumento do preço do barril de crude em quase 3% em Nova Iorque e em Londres.

Em novembro de 2016 os países da OPEP acordaram reduzir a produção de petróleo em 1,2 milhões de barris por dia, por um período de seis meses a começar no início de janeiro deste ano.

A este acordo juntaram-se mais 11 países produtores fora do cartel, mas o objetivo de conseguir uma subida dos preços foi limitada.