A líder do CDS assinou, esta segunda-feira, com o MPT e o PPM um acordo de coligação para a candidatura autárquica a Lisboa.
O vice-presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, começou por elogiar a “experiência académica, social e política", de Assunção Cristas, considerando ainda que, acima de tudo, a candidata é “uma mulher casada, que provou, como a maioria das portuguesas, que pode trabalhar e ter filhos”, já que não “descurou o trabalho e não descurou a casa”.
Após assinar o acordo, na sede do CDS-PP, o vice presidente do partido monárquico quis estabelecer uma analogia entre a mulher e a cidade, afirmando que Lisboa é, neste momento, “agradável à vista e fotogénica, mas de espartilho e saia travada”.
"Como mulher, a Dr.ª Assunção Cristas sabe bem que, para se trabalhar, não se pode usar espartilho nem a saia travada, a saia tem de ser larga e, se necessário, vestir calças, calças que ultimamente não se sabe onde andam, custam a ver", afirmou Gonçalo da Câmara Pereira.
O vice-presidente do PPM criticou ainda o mandato do atual presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, afirmando que este transformou a cidade numa "cidade de ócio", com muitas bicicletas e "corridinhas em fato de treino", limitando a circulação automóvel daqueles que trabalham e vivem na capital.
Ao intervir, Cristas avançou que a sua candidatura conta com o apoio daqueles partidos, mas também “é aberta a simpatizantes e conta com independentes”, com o intuito de “pôr fim a dez anos de governação socialista”.
"Pensar numa Lisboa do século XXI, é uma Lisboa que olha em primeiro lugar para aqueles que são mais pobres e em situação de maior carência, que estão na Lisboa esquecida e abandonada por dez anos de governação socialista", disse.
Assunção Cristas, em resposta ao vice-presidente do PPM, disse que tem "calçado botas e calças de ganga muitas vezes, para estar nos bairros sociais junto das pessoas que não conhecem visitas por parte do executivo camarário, excetuando da polícia quando é para os pôr fora das suas casas".
Cristas disse ainda que dá prioridade à mobilidade, afirmando que os que vivem e trabalham em Lisboa, "não se conseguem mexer nem à superfície nem debaixo de terra", devido ao trânsito e aos problemas dos transportes.