Real Madrid a um ponto da glória interna. E de quem é a culpa? Ronaldo, pois claro

Os merengues venceram o Celta de Vigo (4-1) com bis do astro luso e são quase campeões. Paulo Fonseca fez a dobradinha na Ucrânia

Um ponto apenas separa o Real Madrid do 33º título espanhol da sua história – primeiro em cinco anos, numa seca que dura desde que José Mourinho travou o reinado do Barcelona de Pep Guardiola, em 2011/12. A deslocação ao tradicionalmente difícil terreno do Celta de Vigo, na Galiza, era o último grande obstáculo entre os homens de Zinedine Zidane e o troféu – e a derradeira fonte de esperança para o Barcelona.

Mas os merengues não vacilaram, num jogo que estava em atraso desde fevereiro: o 4-1 final praticamente acaba com as dúvidas, colocando o Real três pontos à frente do Barça quando falta apenas uma jornada para o fim da prova – que se joga já este fim-de-semana. Aí, o Real Madrid deslocar-se-á à Andaluzia para defrontar um tranquilo Málaga, enquanto os blaugrana recebem o igualmente descansado Eibar.

Fechado o capítulo das contas, vamos ao jogo. E o jogo fica explicado de forma muito sucinta: Cristiano Ronaldo, obviamente. O homem que nunca se esconde e normalmente aparece nos momentos decisivos voltou a fazê-lo, mostrando logo a abrir que não ia deixar quaisquer dúvidas a pairar no ar: volvidos apenas dez minutos após o apito inicial, aproveitou uma bola perdida junto à área contrária e, de pé esquerdo, enviou um míssil que só parou nas redes do Celta.

Não contente com a façanha, repetiu-a pouco após o apito inicial do árbitro, neste caso para a segunda parte: aos 48’, lançado por Isco, fugiu à marcação adversária e, novamente de pé esquerdo, voltou a fuzilar o guardião Álvarez, num remate colocadíssimo – e absolutamente portentoso. Já reduzido a dez, o Celta ainda pareceu querer equilibrar as coisas com o golo de Guidetti aos 69’, mas o Real encerrou todas as questões logo no lance seguinte, com Marcelo a descobrir Benzema solto de marcação na cara do guardião. E seria o francês a servir Kroos para o derradeiro tento da partida, aos 88’ – finalização sublime do médio alemão. A festa está próxima.

Dobradinha para Fonseca

Nem só de campeonatos se fez esta quarta-feira, porém. Houve duas Taças a ficar decididas, e com festa lusa numa delas: o Shakhtar Donetsk de Paulo Fonseca completou a dobradinha na Ucrânia, ao bater o Dínamo de Kiev (de Antunes) na final da Taça, com uma vitória por 1-0. O brasileiro Marlos foi a grande figura da final: desperdiçou uma grande penalidade logo aos sete minutos, na tentativa de marcar “à Panenka”, mas acabaria por se redimir com um grande golo a nove minutos dos 90. Grande temporada para Paulo Fonseca, que junta a Taça ao campeonato conquistado a semana passada, com mais 17 pontos que o rival de Kiev.

Em Itália, mais do mesmo: a Juventus, em vésperas de celebrar o inevitável hexacampeonato, conquistou também a Taça, batendo a Lázio por 2-0 no jogo decisivo. Dani Alves, numa forma tremenda, abriu a contagem aos 12’, com o central Bonucci a selar o resultado aos 25’. Alex Sandro, ex-FC Porto, assistiu para os dois golos.