A medida de racionalização de custos já foi contestada pela Liga dos Bombeiros Portugueses, cujas ambulâncias asseguram muitas das viagens. A Liga avisa que os doentes vão esperar e sofrer mais.
O IPO garante, ainda assim, que os doentes não serão prejudicados. “Tentaremos fazer agrupamentos com o máximo de racionalidade possível, claramente com preocupações de eficiência, para tentar obter poupanças sem prejudicar as pessoas”, disse o presidente da instituição, Francisco Ramos.
A centralização dos pedidos surge depois de, nos últimos cinco anos, a despesa do IPO com transporte de doentes não urgentes ter duplicado, atingindo os sete milhões de euros em 2016.
No SNS, têm direito a transporte não urgente (para consultas ou tratamentos) doentes com insuficiência económica e algumas situações clínicas, nomeadamente cancro. Com esta medida, o IPO espera conseguir uma poupança de 700 mil euros por ano.
“É uma alteração que visa poupar dinheiro sem prejudicar o direito dos doentes de verem o seu transporte comparticipados”, diz o IPO. A partir de quinta-feira, só serão comparticipadas viagens marcadas através da central.