Dois afegãos entraram numa esquadra da PSP no Porto para pedir asilo político, mas acabaram por ser detidos, tendo na sua posse fotografias de armamento, de explosivos e de combatentes com armas na guerra da Síria.
O alerta de possíveis ligações terroristas soou logo e a Polícia Judiciária (PJ) e o Serviço de Informações e Segurança (SIS) está agora a investigar essa suspeita.
Os dois homens, com idades entre os 20 e os 25 anos, já foram presentes a tribunal e a juíza que os interrogou, sobre a entrada ilegal no país, ordenou medidas excecionais de segurança no tribunal, avançou o Jornal de Notícias.
Os detidos afirmaram que são naturais do Afeganistão e que chegaram a Portugal de comboio, que terão apanhado na Finlândia.
Além da pen com as referidas fotografias, que alarmaram as autoridades por serem semelhantes às imagens associadas ao daesh, os afegãos tinham também consigo mil euros em dinheiro.
Um dos suspeitos terá vivido no Irão e terá sido combatente na guerra da Síria, tendo fugido por, assim alega, estar a ser perseguido, motivo pelo qual pediu, em conjunto com o amigo, asilo na Finlândia, que lhes foi recusado, tendo então partido em direção a Portugal.
A suspeita de ligações terroristas levou as autoridades a comunicarem o caso à PJ e ao SIS e o Ministério Público também foi posto ao corrente.
A identidade dos suspeitos e a veracidade do seu relato está agora a ser investigado, tendo já sido confirmada a presença anterior de um deles na Finlândia, assim como a recusa do pedido de asilo político.
Os indivíduos estão agora sob custódia do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras do Porto, enquanto o caso está a ser investigado.