Walk&Talk. Quarteirão acima, quarteirão abaixo

Será sempre Ponta Delgada, epicentro de mais uma edição do festival que começou pela arte urbana para chegar ao sétimo ano de vida a olhar para todas as formas de expressão artística, numa programação mais alargada do que nunca. Agora a partir do Quarteirão, novo ponto de referência que o festival ajudou a dar à…

1. Message in a bottle

À sétima edição, a programação de música do W&T passa a ter um curador – curadora, no caso, que é Sonja. DJ e editora, fundadora da Labareda. Como parte do ciclo de música que comissaria este ano, haverá para ver Clothilde, que se deu a conhecer com “Birdwatching”, tema do primeiro volume da compilação editada pela Labareda no ano passado inteiramente dedicada ao universo feminino. Galeria Walk&Talk, de 14 a 29 de julho

 

2. Circuito de arte pública

Com tudo o que o W&T cresceu e mudou desde a sua primeira edição, em 2011, quando era um festival sobretudo de arte pública, ao sétimo ano ela continua lá. Desta vez com curadoria do KWY Studio (Ricardo Gomes, Gabriela Raposo e  Miguel Mesquita), que convidou artistas como Benandsebastian, Teresa Braula Reis, Marc Clintberg, Tomaz Hipólito, Russel Maltz, Spy (na foto), entre outros, numa abordagem que promete não se ficar apenas pelo contexto urbano. 

 

3. Flores

Um dos filmes sensação da última edição do IndieLisboa foi este “Flores”, que Jorge Jácome rodou em 16mm no verão passado na residência artística que fez no W&T e que será agora projetado no 9500 Cineclube. A história é a de dois jovens soldados que decidem ficar nos Açores quando toda a população é forçada a abandonar as ilhas por causa de uma praga de hortênsias. Fossem todos os males assim. 9500 Cineclube. Dia 21 de julho, às 21h30

FLORES de Jorge Jácome – TRAILER from Blackmaria on Vimeo.

 

4. Clothilde 

À sétima edição, a programação de música do W&T passa a ter um curador – curadora, no caso, que é Sonja. DJ e editora, fundadora da Labareda. Como parte do ciclo de música que comissaria este ano, haverá para ver Clothilde, que se deu a conhecer com “Birdwatching”, tema do primeiro volume da compilação editada pela Labareda no ano passado inteiramente dedicada ao universo feminino. Galeria Walk&Talk, dia 15 de julho, às 23h30

 

5. Naturalis Historiæ – Quando é que se viu pela primeira vez um crocodilo nos Açores? 

Pergunta que aguçará a curiosidade de qualquer um para a exposição de fotografia que resulta da residência artística de João Paulo Serafim na quinta edição. “Naturalis Historiæ” é o artista a apropriar-se do arquivo e das coleções do núcleo de Santo André do Museu Carlos Machado para a esses objetos dar novas funções. Museu Carlos Machado – Núcleo de St.º André, de 15 de julho a 12 de setembro

 

6. Depois do Vulcão

Com curadoria da Lavandaria (Marta Teixeira da Silva e Mariana Fernandes), uma exposição coletiva de ilustração a juntar obras de duas dezenas de artistas, entre os quais André da Loba, Sam Baron ou Tomomi Maezawa, para contar a história de como este pedaço de terra apareceu depois da erupção de um vulcão. E nada disto será invenção, prometem: “Se está na internet é verdade. Se está em papel é real.” Galeria Miolo, de 14 a 29 de julho

 

7. Se eu vivesse tu morrias 

Nesta espécie de ensaio, investigação, o que se quiser, Miguel Castro Caldas parte na exploração do texto como limite do teatro. Num espetáculo em que o texto estará disponível ao mesmo tempo que é representado, cabe aos espetadores fazer a sua escolha, entre a leitura – que aqui será uma espécie de cegueira – e o espetáculo. Teatro Micaelense, dia 15 de julho, às 21h30

 

8. Calor do Corpo 

Sandra Rocha gosta de olhar para o tempo. Não para o tempo que passa mas para “o tempo que pára sobre as coisas e as pessoas”. Resultado disso será esta exposição de fotografia e vídeo, “Calor do Corpo”, produto do programa de residências artísticas das edições dos dois últimos anos e que este ano fará a pré-abertura do Walk & Talk. Galeria Fonseca Macedo, de 13 de julho a 4 de setembro

 

9. Coleção de Colecionadores 

Mais do que conhecida por terras de São Miguel, onde noutros anos já andou a colecionar amantes, Raquel André regressa para continuar a “Coleção de Colecionadores” que começou no Alto Minho. Mais uma etapa nessa sua obsessão de colecionar o que não se coleciona – pessoas, agora pessoas como ela. Colecionadores. Segunda parte de quatro do seu interminável projeto “Coleção de Pessoas”. Arco 8, dias 26 e 27 de julho

 

10. “Equanimidade – Ânimo Inalterável”

Em “Equanimidade – Ânimo Inalterável”, Vânia Rovisco e Jochen Arbeit fundem vários códigos de apresentação – artes visuais, luz e paisagens sonoras – num espetáculo composto a partir de discursos e reflexões de artistas como John Cage, Marina Abramovic, Lydia Lunch, Timothy Leary, Miles Davis, Tilda Swinson, Lee Scratch Perry e Laurie Anderson. Teatro Micaelense, dia 28 de julho, às 21h30