“Após investigações, descobrimos que existe uma situação suspeita e fraudulenta", revelou à agência AFP o ministro das Finanças, Miguel Engonga Obiang.
O governo da Guiné Equatorial exigiu que a Total apresente uma proposta para resolver a situação numa reunião que decorreu no dia 21 de agosto com responsáveis da empresa francesa naquele país africano.
A Guiné Equatorial, que tem perto de um milhão de habitantes, é presidida desde agost de 1979 por Teodoro Obiang. O filho Teodorin, também vice-presidente do país, está a ser julgado em França, acusado de ter construído um património de forma fraudulenta.
A justiça francesa pede uma pena de três anos de prisão, 30 milhões de euros de multa e a confiscação dos bens em causa. Estes incluem um imóvel avaliado em mais de 100 milhões de euros.
O governo da Guiné Equatorial é acusado por várias organizações da sociedade civil de constantes violações dos direitos humanos e perseguição a políticos da oposição.
A Guiné Equatorial, cujo líder detém o recorde de longevidade no poder em África, faz parte, desde 2014, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).