Ponto prévio: o adversário (Ilhas Faroé) era, no mínimo, modesto. Nos dois jogos anteriores entre as duas equipas, Portugal havia marcado 11 golos e sofrido… nenhum. Desta vez encaixou um, mas voltou a marcar cinco, num desfecho mais do que esperado. Faltam agora três finais para chegar ao Mundial da Rússia. A destacar, só o feito de Cristiano Ronaldo: com os três golos marcados na quinta-feira no Bessa (o primeiro dos quais fantástico, num pontapé acrobático), o capitão de Portugal chegou aos 78 golos pela Seleção, superando em um golo a marca absoluta de Pelé ao serviço da seleção brasileira.
A ocasião é especial, e o próprio ídolo do futebol canarinho, ainda hoje considerado por muitos como o maior futebolista de sempre, não a deixou passar em claro. «Parabéns, Cristiano, por se ter juntado à elite dos cinco maiores goleadores FIFA de sempre!», escreveu ‘o Rei’ nas redes sociais.
A nível europeu, Cristiano Ronaldo já é o segundo melhor marcador de sempre de seleções, só atrás da lenda húngara Puskás, que apontou 84 golos pela sua seleção entre 1945 e 1956. Puskás é também o segundo melhor marcador a nível mundial, só atrás do iraniano Ali Daei, que tem números até agora considerados completamente inalcançáveis: 109 golos (em 149 jogos). Para já, Ronaldo ocupa o quinto lugar na tabela de marcadores a nível mundial, mas a este ritmo parece inequívoco que passará rapidamente para o segundo lugar do pódio – os seis golos que o distam de Puskás parecem já um mero pro-forma. Falta referir que, além do CR7, só há mais um futebolista no top-25 dos marcadores de seleções em atividade: o espanhol David Villa, precisamente no 25.º posto (59 golos), que aos 35 anos foi chamado pelo selecionador Julen Lopetegui após três anos de ausência.
Mas os recordes à mercê de Ronaldo não ficam por aqui. O astro do Real Madrid – que esta temporada ainda só tinha cumprido 31 minutos oficiais, devido ao castigo que lhe foi aplicado por ter empurrado um árbitro na Supertaça espanhola – soma já 14 golos nesta fase de qualificação, igualando o recorde de Mijatovic no apuramento para o Mundial de 1998. Se marcar mais um, passa igualmente a ser o melhor de sempre. Se ainda fossem precisos mais argumentos para a quinta Bola de Ouro rumar ao seu museu…