O recente lançamento de um míssil norte-coreano por cima do território japonês e o ensaio nuclear de domingo com uma suposta bomba de hidrogénio não vão ficar por aqui. Quem o garante é a Coreia do Sul que, através de um responsável do seu ministério da Defesa, prevê a realização de novos testes para os próximos dias.
“Continuamos a ver indícios de possíveis lançamentos de mísseis balísticos. Antevemos igualmente que a Coreia do Norte possa vir a disparar um míssil balístico intercontinental”, afirmou Chang Kyung-soo esta segunda-feira, citado pela BBC.
A intervenção do funcionário governamental no parlamento sul-coreano coincidiu com a realização de cinco exercícios militares no país. O exército da Coreia do Sul utilizou armamento real para simular um ataque a Punggye-ri, a zona montanhosa do nordeste norte-coreano onde Pyongyang leva a cabo os seus ensaios nucleares.
Para além disso, Seul acelerou os trabalhos de instalação do controverso sistema de defesa antiaéreo norte-americano Terminal High-Altitude Area Defence (Terminal de Defesa Aérea para Grandes Altitudes, em português) –, habitualmente designado como THAAD –, concebido para abater mísseis balísticos.