Dois anos e meio depois de abandonar o cargo de primeiro-ministro, José Sócrates recorreu a Emanuel dos Santos, seu ex-secretário de Estado, para este exigir ao diretor-geral dos Impostos a emissão imediata de uma declaração de que a sua mãe nada devia às Finanças.
A urgência prendia-se com uma notícia do Correio da Manhã revelando que Maria Adelaide Pinto de Sousa tinha uma dívida ao fisco superior a 47 mil euros, relativa à contribuição pela venda de um apartamento no luxuoso edifício Heron Castilho. Apostado em desmentir o jornal, Sócrates procurava exibir com a máxima urgência a declaração de não-dívida.
Mal a notícia saiu, a 4 de dezembro de 2013, sob a manchete Mãe de Sócrates deve milhares ao fisco, o ex-primeiro-ministro ligou a Emanuel dos Santos para lhe perguntar se conhecia o diretor-geral dos Impostos. O outro confirmou, adiantando que Azevedo Pereira já era titular do cargo quando eles estavam no Governo. Sócrates explicou-lhe a situação:
Leia a notícia completa na edição impressa do Semanário SOL