O presidente dos Estados Unidos anunciou esta quinta-feira um novo passo no já longo caminho das sanções ao regime da Coreia do Norte, um dia depois de um responsável de Pyongyang se ter queixado em Genebra que as punições podem estar a ameaçar a sobrevivência das crianças norte-coreanas.
O líder americano não apresentou sanções específicas, como é habitual, e em vez disso anunciou que os Estados Unidos podem agora punir empresas e indivíduos de outros países que entrem em negócios com o regime, abrindo a porta às chamadas sanções secundárias, reivindicadas há muito por defensores de uma postura mais dura.
“A nova ordem executiva, acabada de assinar, aumenta significativamente a nossa autoridade para atingir empresas individuais e instituições financeiras que facilitem o comércio com a Coreia do Norte”, disse Trump em Nova Iorque, horas depois de um encontro com o presidente sul-coreano e responsáveis de Seul, à margem da Assembleia Geral da ONU.
No final do dia de quarta-feira, o embaixador norte-coreano para a missão das Nações Unidas em Genebra disse a um painel de defesa dos Direitos Humanos que as sanções internacionais – ou, nas suas palavras, o “persistente e cruel bloqueio e sanções” – “não só estão a dificultar as iniciativas para a proteção e promoção dos direitos das crianças como também põem seriamente em causa o seu direito à sobrevivência”.