O duelo político entre Basílio Horta e Marco Almeida volta a repetir-se no concelho de Sintra quatro anos depois. Mas desta vez, tudo aponta para uma maioria absoluta do candidato socialista que nas últimas eleições venceu com por uma margem mais curta.
Basílio Horta venceu, há quatro anos, a corrida autárquica com mais 1738 votos do que o segundo mais votado, Marco Almeida, nessa altura candidato independente depois de não ter sido escolhido pelo seu partido.
Agora Marco Almeida regressa ao cenário eleitoral como candidato da coligação PSD/CDS-PP à presidência da Câmara de Sintra, o segundo município mais populoso de Portugal logo a seguir a Lisboa. O candidato acredita que os seus eleitores não vão rejeitar o seu regresso ao PSD. “Tenho a certeza de que os eleitores sintrenses não se deixarão confundir”, afirmou, lembrando que “não sou filiado em qualquer partido e a grande diferença relativamente a 2013 é que desta vez a candidatura que lidero junta dois movimentos independentes, quatro partidos e ex-autarcas do PS”.
O candidato da coligação sublinha que é a “única candidatura que alargou apoios e aquela que se constitui como alternativa à gestão centrada na recolha de impostos, liderada pelo dr. Basílio Horta”.
IMI mais baixo O atual presidente volta a apostar na promessa da redução dos impostos municipais no próximo mandato. Basílio Horta lembra que, nos últimos quatro anos, o imposto municipal sobre imóveis (IMI) desceu quatro pontos e a redução é para continuar. “Connosco não há demagogia, nem falsas promessas. As nossas medidas são assentes em estratégias claras de rigor e credibilidade. Por isso posso afirmar que, no próximo mandato, vamos continuar a descer o IMI e alcançar o mínimo permitido por lei, continuando assim o alívio fiscal dos nossos munícipes e o aumento da competitividade das nossas empresas”, afirmou o candidato socialista.
Para trás ficou a deliberação da Comissão Nacional de Eleições (CNE), que considerou que o presidente da Câmara de Sintra violou o dever de neutralidade e imparcialidade quando apresentou a recandidatura num parque onde decorria uma iniciativa municipal. Uma decisão que acabou por ser anulada pelo Tribunal Constitucional.
Também polémica ficou a declaração do candidato socialista ao Tribunal Constitucional que apontava para uma fortuna de 5,6 mil euros entre 2010 e 2011 que, afinal, era de 5,6 milhões de euros. Basílio Horta acabou por dar uma resposta: “No que ao meu património respeita está integralmente descrito nas declarações apresentadas no Tribunal Constitucional, do qual resulta a minha independência financeira, e me permite exercer as atuais funções sem qualquer vencimento e me dispensa de quaisquer dependências, especialmente daquelas que visam a satisfação dos interesses privados à custa dos interesses da comunidade”.
Concorrem ainda à câmara de Sintra Carlos Carujo (BE), Pedro Ladeira (Nós, Cidadãos!), Cristina Rodrigues (PAN), Maria José Fonseca (PTP) e Anabela Henriques (PDR/JPP).