Para o ministro das Finanças, Mário Centeno, o Orçamento do Estado para 2018 "projeta o futuro com confiança", revelou em conferência de imprensa depois de ter entregue o documento na Assembleia da República às 23h30.
O governante diz que a economia vai crescer 2,2% no próximo ano devido ao “forte dinamismo do investimento e forte dinamismo das exportações”,o que no seu entender, serão os “dois motores da economia em 2018” e que quer continuar a apostar para conseguir um crescimento prolongado.
Segundo Centeno, o défice será de 1% do produto interno bruto (PIB). Em relação à dívida pública, prevê-se que se situe no fim deste ano em 126,2% do PIB, uma "redução muito significativa" e em 123,5% do PIB para 2018.
Já a taxa de desemprego deverá voltar a cair, com 8,6% – um valor que se aproxima dos números que se registavam antes de a crise atingir o país, em 2008.
O ministro diz ainda que se vai verificar "crescimento do investimento público com aceleração de 17,9% em 2017 para 40,4% em 2018". E sublinha que Portugal se encontra agora numa rota de convergência com os parceiros europeus.
"A despesa pública em percentagem do PIB tem caído sucessivamente com este governo", diz o ministro, apontando para um "rigor das contas públicas" e "aumento da fiscalidade" como resposta a esse aumento da despesa.
"Mostrámos que existe uma alternativa de rigor e responsável", salienta o ministro, "fazendo das finanças públicas não um veículo de repressão, mas de crescimento económico. Temos consciência do enorme caminho a percorrer".