A procuradoria da Audiência Nacional espanhola pediu esta segunda-feira a prisão incondicional de Josep Lluís Trapero, o comissário maior dos Mossos d’Esquadra catalães que, como outros responsáveis regionais, é acusado de sedição. Trapero, em particular, é acusado de ter comandado as forças de segurança regionais a não encerrar locais de voto no referendo de 1 de outubro e fazer a proteção dos responsáveis independentista.
A decisão cabe à juiza instrutora do processo na Audiência Nacional, Carmen Lamela, que, de acordo com o “El País”, anunciará as medidas cautelares contra Trapero depois das 18 horas locais desta segunda-feira (17h em Portugal Constinental). A Audiência Nacional é uma das mais altas instâncias jurídicas espanholas, reservada para casos de crimes políticos, e está também a julgar por sedição outros líderes catalães.
A mesma juíza decidiu também esta segunda-feira deixar em liberdade uma intendente dos Mossos, Teresa Laplana, a quem a procuradoria da Audiência Nacional pedia prisão e uma fiança de 40 mil euros, de acordo com o que escrevia o “El País”. O caso está relacionado com os protestos do dia 20 de setembro, que foi quando se realizaram várias detenções de responsáveis catalães ligados ao referendo proibido por Madrid.
Laplana, Trapero e dois dos principais organizadores do referendo de 1 de outubro, Jordi Sànchez e Jordi Cuixart – o primeiro da Assembleia Nacional Catalã e o segundo da organização cultural Òmnium, que defende a independência –, haviam que apresentar-se esta segunda-feira à Audiência Nacional. Foram já interrogados há dez dias, mas Trapero, por exemplo, prestou novamente declarações durante a manhã, ao longo de umas duas horas.