A saída de Catarina Marcelino da secretaria de Estado da Igualdade foi criticada por alguns deputados socialistas. A socialista foi apanhada na remodelação, após a demissão da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e substituída por Rosa Lopes Monteiro.
Porfírio Silva, deputado e dirigente do partido, foi um dos socialistas a contestar esta decisão. “Não conheço nenhuma razão política válida para interromper esse trabalho. Fico à espera de conhecer tais razões políticas, porque não acredito que a política possa ser o reino do arbitrário”.
Na sua página do facebook, o deputado socialista fez questão de esclarecer que não toma esta posição por razões de amizade, porque “em política não me guio por amizades e detesto o amiguismo como critério de escolha política”.
“Não percebo”
Isabel Moreira, deputada do PS, também contestou esta saída com o argumento de que Catarina Marcelino “foi a melhor representante da igualdade” de que tem memória. “Em todas as áreas. Todas. Uma feminista assumida, empenhada e reconhecida por quem trabalha na área. Não percebo. Não percebo. E não estou sozinha nesta avaliação”, acrescentou. .
Catarina Marcelino assumiu que não saiu por “vontade própria”, mas porque “a ministra que vai tutelar a pasta entendeu, no seu pleno direito, escolher outra pessoa”. A pasta da igualdade transitou para a tutela do Ministério da Presidência, que é liderado por Maria Manuel Leitão Marques.
A ex-governante, na hora da despedida, agradeceu “a todos e a todas, que desde demonstraram solidária e publicamente, através das redes sociais e de mensagens enviadas ao primeiro-ministro, o apoio ao trabalho que tenho desenvolvido enquanto secretária de Estado”. Os novos governantes tomaram posse, em Belém, no sábado. Catarina Marcelino deverá ocupar o seu lugar de deputada na Assembleia da República.