Assunção Cristas disse que "não ficaria de bem com a minha consciência se não censurasse um Governo absolutamente incompetente", depois do chumbo da moção de censura que o CDS apresentou ao Governo. Para a líder centrista, o resultado da votação ajudou também a "clarificar" a posição da esquerda.
"Fica clarificado que o Governo tem fieis seguidores, fieis apoiantes mas também fica claro que o PCP e o Bloco de Esquerda não podem mais uma vez daqui por diante à segunda, quarta e sexta serem apoiantes do Governo e à terça, quinta e sábado criticarem o Governo", afirmou Cristas
Sobre o reforço que o chumbo possa dar ao Governo, como indicou o Presidente da República no discurso que fez ao país na sequência dos incêndios de 15 de outubro, a líder do CDS afirmou que "é muito importante que os portugueses saibam quem é que está com quem".
"Neste momento em que o Governo falha clamorosamente com grande incompetência, tem três partidos, aliás quatro com o PAN", o que significa que o Executivo sai "certamente com os seus parceiros clarificados". Assunção Cristas acredita que essa clarificação é "importante para que as pessoas saibam quem entende que esta falha foi muito grave e põe em causa a permanência deste Governo e quem entende que não foi assim tão grave e que este Governo tem condições para continuar".
A líder do CDS acrescentou que os centristas estão disponíveis para consenso, e até são pró-ativos na apresentação de vários projetos de lei sobre a situação. "Nessa matéria não recebemos lições de ninguém, estamos sempre proativamente a construir soluções e disponíveis para consensos", afirmou criticando que o PS não fez o mesmo na legislativa anterior. "Os atos ficam com quem os pratica", rematou Assunção Cristas.
"Sobre as críticas de aproveitamento político que os centristas têm vindo a ser alvo, Cristas afirma que "acusações de oportunismo podem ser para outros partidos, para o CDS não é certamente".