O primeiro-ministro espanhol acabou há momentos o seu discurso sobre o artigo 155º da Constituição – que permite a retirada de autonomia da Catalunha – perante o Senado, que votará as propostas às 12h locais.
Mariano Rajoy falou quase durante quarenta minutos e deixou claro que se trata de uma “situação excecional” e que só o recurso ao artigo em causa pode repor a legalidade, depois da realização do referendo “ilegal” de 5 de outubro.
“Esta é a primeira vez desde 1978 que se aplica o artigo 155 porque é uma situação excecional”, afirmou, apelidando a atuação do parlamento catalão, ao ter aprovado a convocação do referendo à independência, de “burla da democracia”.
Para o líder do governo espanhol, é preciso repor a “normalidade institucional” e para isso terá de haver eleições na Catalunha assim que possível.
"Queremos realizar eleições numa situação de normalidade institucional, e é por isso que pedimos que aprovem as medidas que apresentamos, as mesmas que aprovamos no sábado porque nada aconteceu desde então que altere substancialmente a situação", adiantou.
No fim de um longo discurso, que terminou com a garantia de Rajoy que não é contra a Catalunha mas contra o abuso da Catalunha, o primeiro-ministro foi brindado com uma ovação de pé da bancada do PP.
No twitter, o partido partilhou os quatro princípios que, na sua opinião, justificam a aplicação do artigo 155º.
👉 Los objetivos del artículo 155:
1⃣ Volver a la legalidad
2⃣ Recuperar la convivencia
3⃣ Recuperación económica
4⃣ Convocar elecciones pic.twitter.com/5fTQ7d8Gks— Partido Popular (@PPopular) 27 de outubro de 2017