Por dia são despejadas 5,5 famílias e no ano passado 1.931 famílias não conseguiram pagar as suas casas devido aos salários baixos e ao aumento das rendas.
Segundo o Diário de Notícias, o número de famílias despejadas pelo Banco Nacional de Arrendamento duplicou desde 2013.
De acordo com os dados do Ministério da Justiça, divulgados pelo jornal, o banco recebeu 4.361 pedidos de despesos, mas 64% foram recusados e cerca de 1130 pedidos foram recusados devido ao mau preenchimento dos dados.
O Banco Nacional de Arrendamento acredita que o número de desocupação possa vir a ultrapassar os números do ano passado, caso o ritmo se mantenha, sendo que nos primeiros nove meses de 2017 foram despejadas 1.480 famílias.
Segundo o presidente da Associação Nacional de Proprietários, António Frias Marques, estes dados podem apenas representar “um terço do total de títulos de desocupação do locado emitidos em Portugal”.
Já Romão Lavadinho, presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses, recorda que “o incumprimento não ultrapassa os 2% dos 700 mil contratos de arrendamento” que existem em Portugal e que “muitas famílias viram as suas condições financeiras degradar-se nos anos da troika e ainda não conseguiram recuperar”.