"Em tudo que é avanço e conquista, a proposta de orçamento tem a intervenção do PCP, as suas propostas e a sua persistência", afirmou Paulo Sá na sua intervenção final. "Mas as medidas positivas que integram o OE não iludem as suas limitações", continuou o deputado que critica as imposições de Bruxelas.
"Não deveria esta verba imensa [de mil milhões de euros usada para pagar os juros da dívida] ser utilizada para dar resposta aos problemas das pessoas e do país, para valorizar salários e pensões, para melhorar os serviços públicos e as funções do estado, para dar resposta a problemas na saúde ou na educação?", questionou o PCP
À semelhança do que tem vindo a fazer, os comunistas voltaram a pedir ao governo que entregasse ao parlamento "a lista completa e exaustiva dos investimentos públicos previstos para 2018", projeto a projeto para ser analisada.
Paulo Sá defendeu que é preciso romper com as imposições da União Europeia, de forma a evitar que as consequências das políticas "de exploração e empobrecimento do anterior governo PSD/CDS" perdurem.
Também sobre o investimento público fizeram parte das críticas do PCP. "O problema da escassez de investimento público não pode ser iludido", afirmou Paulo Sá, que acrescentou "é necessário reforçar significativamente o investimento público em áreas como a saúde, a educação, a floresta, os transportes, a habitação, a cultura, a justiça, as forças e serviços de segurança e as forças armadas".