PSD e CDS acusam Costa das tragédias dos incêndios

Carlos Amorim, deputado do PSD acusou António Costa de ser “o pai, a mãe, o rosto do SIRESP”, e de ter cortado no invetimento à prevenção e combate dos incêndios para um valor mais baixo do que quando a Troika esteve em Portugal.

"Como é possível que o nível orçamental para a prevenção e combate aos incêndios tenha diminuído de forma tão evidente em 2016, 2017, 2018", afirmou o deputado social-democrata, uma questão que foi também colocada por Telmo Correia, deputado do CDS. 

António Costa afirmou que percebe "a opção da direita" de o culpar sobre as decisões tomadas há 12 anos. "Ao longo destes 12 anos produziu só o resultado de termos reduzido o total de 200 mil hectares de média de área ardida, para 70 mil hectares de média de área ardida por ano", afirmou o primeiro-ministro. 

Sobre os gráficos apresentados tanto pelo PSD como pelo CDS com os valores investidos nos últimos anos na proteção civil, Costa respondeu que os valores eram "empolados para compensar o pagamento da dívida aos meios aéreos". "Esta é a realidade e quando os senhores deixarem de querer fazer jogo político e passarem a querer fazer política a sério para tratar do programa da floresta, venha ter comigo", afirmou Costa. 

"Não está lá [no OE2018] nem a verba nem concretização dessa mesma verba" de apoio à prevenção e combate dos incêndios, afirma Telmo Correia. O deputado centrista acusou o governo de ter ignorado os avisos das autoridades para o fim de semana de 15 de outubro, "e a vossa incompetência custou um enorme prejuízo ao país", acusou. 

Da bancada do PSD, Carlos Amorim lançou ainda criticas à nomeações tanto para o governo como para a proteção civil, acusando-os de "incompetência". "Não está arrependido de ter feito estes cortes?", acrescentou lembrando que foi António Costa quem "acabou, na prática, com os guardas florestas". 

"Um governo que até o senhor fez parte uns anos antes, deixaram o país na banca rota", concluiu Carlos Amorim, referindo-se ao executivo de Sócrates de quem António Costa foi ministro da Administração Interna, no primeiro mandato.