Mariana Mortágua, deputada do BE, mostrou que o partido está contra as cativações defendendo que "o défice aprovado tem que ser o défice registado no final do ano".
"Queremos uma redução substancial nas cativações, não só no valor absoluto mas também na percentagem", pediu Mariana Mortágua.
Mário Centeno responde que está de acordo "com a necessidade de transparência nos cativos" a afirma que em 2018 será aplicado uma norma que resulta na "redução muito significativa dos cativos"
Também João Almeida, deputado do CDS, pegou nas cativações, afirmando que 2017 foi o ano que mais cativações existiram. "Aquilo que está a ser feito pelas cativações é transformar aquilo que é um mecanismo de gestão num mecanismo de corte sem transparência", acusou João Almeida.
O deputado deixou ainda um desafio ao ministro, questionando se o governo está disponível para não aplicar mais cativações do que aquelas que são aprovadas na Assembleia da República. A questão provocou risos ao ministro, "Se puder responder uma vez seriamente, nós agradecemos", pediu o deputado centrista.
"Não me queira comparar com o período da Troika", afirmou Centeno, "porque nesta altura nós não apresentemos orçamentos retificativos e não há derrapagem orçamental". Sobre as cativações, o ministro afirmou que o governo não vai abdicar das cativações, mas compromete-se a baixar "para um nível adequado" para responder a riscos que a é preciso acautelar.
"Orçamentos retificativos não são sinal de humidade", acrescentou Centeno, "mas de más contas que são feitas".