Em conferência de imprensa com o seu homólogo sul-coreano, Moon Jae-in, na Coreia do Sul, o presidente norte-americano, Donald Trump, assumiu um tom diferente para com a Coreia do Norte ao apelar ao retorno à "mesa das negociações" para se discutir a entrega das armas nucleares por Pyongyang.
Ambos os presidentes pediram à Coreia do Norte para que renuncie ao seu programa de desenvolvimento nuclear e balístico. Trump afirmou que "faz todo o sentido que a Coreia do Norte regresse à mesa das negociações" e apelou a que avance com "o que está certo, não apenas pela Coreia do Norte mas por toda a humanidade". Ainda assim, o presidente norte-americano não se resistiu a demonstrar uma postura de força ao afirmar esperar não ser obrigado a utilizar o poderio militar norte-americano contra o regime de Pyongyang.
Trump e Moon apelaram também à China e à Rússia para pressionarem a liderança de Kim Jong-Un para a desnuclearização. Contudo, se, por um lado, apelam à desnuclearização de Pyongyang, por outro, os Estados Unidos e a Coreia do Sul pretendem fortalecer os seus laços militares. Os dois presidentes garantiram que iriam avançar com o aumento limite da carga dos mísseis sul-coreanos, mantendo o acordo firmado em setembro.
Além disso, Trump disse que Seul iria encomendar "mil milhões de dólares" em armamento militar aos Estados Unidos no futuro próximo, deixando no ar a possibilidade de novos acordos militares. Por seu lado, Moon afirmou que os chefes de Estado tinha chegado a acordo para "começarem negociações sobre aquisições", fortalecendo a defesa sul-coreana contra o seu rival do norte.
O presidente norte-americano encontra-se em viagem pela Ásia. Depois de uma breve escala no Hawai e de ter ficado 24h no Japão, Trump encontra-se agora na Coreia do Sul. As suas próximas paragens são a China, Vietname e Filipinas.