"Vamos propor neste orçamento um acréscimo da TSU [patronal] para estes contratos [precários] como medida de desincentivo", afirmou José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda. A medida da taxa de rotatividade será proposta pelo partido na especialidade. Segundo o deputado, esta medida "teria um efeito secundário de acrescentar receita à Segurança Social" que poderia ser utilizada para aplicação de outras reformas.
A iniciativa, que está também prevista no programa do governo, prentede agravar a contribuição das empresas que optem por contratos precários, não tendo impacto nos impostos dos trabalhadores. "Os dados sobre o tipo de emprego criado não são tão animadores", disse José Soeiro na sua intervenção acrecentando que "os contratos que foram criados desde 2013, que estavam vigentes em 2017" demonstram que "a maior parte destes contratos são contratos precários".
Para além desta proposta, o Bloco de Esquerda reforçou que irá propor na especialidade a medida de compensação dos pensionistas que foram obrigados a pedir reforma antecipada durante os tempos da Troika e que, em muitos casos têm, "que sofreram cortes que por vezes ultrapassaram os 50%, 60%" ficando "com pouco mais de 200 euros depois de uma vida de trabalho".
Vieira da Silva afirmou que "há um esforço a fazer" uma vez que "estamos a falar de valores demasiado elevados mesmo face ao quadro legislativo que temos". O ministro, no entanto afirmou que "há uma caminho que está a ser feito" deixando a porta aberta para debater o assunto.