É o cumprir de uma promessa ou o seguimento de um aviso. Na apresentação da sua candidatura a presidente do PSD, Pedro Santana Lopes já aludira à reaproximação aos parceiros sociais e aos sindicatos como parte do projeto que propõe para o seu partido.
O social-democrata concretizou a intenção, requisitando reuniões com todos os parceiros sociais que possuem assento no Conselho Económico e Social. As duas grandes centrais sindicais (A UGT e a CGTP) e as empresariais (CIP, CAP, CCP e CTP) e o Conselho Nacional da Juventude já receberam as missivas e as reuniões começarão na próxima semana. Segunda-feira com a CIP, presidida por António Saraiva. Quinta-feira com a UGT, liderada por Carlos Silva.
A reunião com a CGTP, de Arménio Carlos, está com data por confirmar.
O objetivo, de acordo com fonte da candidatura de Santana, será “discutir a situação atual da economia e a realidade social do país para analisar as propostas dos parceiros sociais e da candidatura”, em particular “a agenda do crescimento económico e o financiamento das políticas sociais”.
A tournée da parelha continua
Depois de terem ambos discursado no mesmo dia durante as jornadas parlamentares do PSD, em Braga, Rui Rio e Pedro Santana Lopes continuam a correr o país em busca de apoios, de ouvir os militantes e, pontualmente, serem escutados pelos mesmos.
Este sábado, no Conselho Nacional da Juventude Social Democrata (JSD), os dois candidatos à liderança ‘laranja’ falarão aos ‘jotas’, sendo que a organização política não tomará posição oficial em torno de nenhum dos candidatos. Os seus militantes terão liberdade de voto. O seu líder, o deputado Simão Ribeiro, que está em final de mandato à frente da JSD, apoiará um deles, mas a título pessoal e num período de tempo mais próximo da eleição interna.
Ainda este mês, Pedro Santana Lopes e Rui Rio estarão também com as mulheres sociais-democratas (MSD), no mesmo módulo de intervenções individuais.
O PSD escolherá o seu novo líder no dia 13 de janeiro, em eleições diretas, e o congresso do partido será cerca de um mês depois. Pedro Passos Coelho anunciou que não se recandidataria ao cargo, que ocupa há sete anos, em consequência da derrota do PSD nas eleições autárquicas de outubro.