PSD não quer exército da UE

Sociais-democratas não ‘federalizam’ a Defesa

Depois de o Governo anunciar que Portugal integrará a Cooperação Estruturada Permanente, Pedro Passos Coelho afirmou que o PSD deseja «o reforço e ampliação de respostas na área da Defesa», não dando, no entanto, «aval ao Governo» para um processo que venha a desembocar na criação de um Exército Europeu.

O líder da Oposição pediu ainda ao Executivo que explicitasse «quais as linhas vermelhas» que pretende em relação à Defesa no projeto europeu. Ao SOL, Miguel Morgado, o vice da bancada social-democrata com a pasta dos Assuntos Europeus, salienta que o PSD não passará «cheques em branco, sobretudo em matérias desta importância estrutural para o país e para a UE», na medida em que o Governo foi adiando a prestação de contas ao Parlamento sobre este tema, ignorando o «caráter evolutivo» de processos como este.

«Para o PSD, a cooperação estruturada permanente não deve evoluir para a criação de um exército comum europeu, nem para a especialização por país das valências das forças armadas nacionais. Isso não seria desejável nem para Portugal, nem para a Europa», diz o parlamentar.

«Querer esconder esta discussão do caráter evolutivo deste processo, seja por receio dos parceiros da geringonça, seja por que razão for, é perder de vista as lições história da integração europeia», termina.