A procura mundial de petróleo deverá aumentar 1,53 milhões de barris por dia em 2017 depois de uma revisão em alta – 74.000 barris por dia (bpd) – face ao cálculo anterior. "Em 2018 prevê-se que a procura mundial de petróleo cresça 1,51 milhões de barris por dia, cerca de mais 130.000 bpd do que no anterior cálculo", revela a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
No relatório mensal, divulgado esta tarde em Viena, a OPEP aponta para um crescimento da economia mundial de 3,7% (mais 0,1%) que na previsão anterior e igual valor no próximo ano (a estimativa precedente era de 3.5%.
"O bom momento e uma possível reforma fiscal nos Estados Unidos, a dinâmica em curso na zona euro e, em certa medida, no Japão, o sólido crescimento na China e na Índia e uma melhoria da situação na Rússia e no Brasil apoiam a tendência de crescimento de curto prazo", justifica a melhoria.
A OPEP aponta que apesar de as reservas petrolíferas dos países industrializados – 154 milhões de barris em setembro – estarem acima da média dos últimos cinco anos, houve uma descida “considerável”.
O cartel considera que esta descida é o resultado do corte de fornecimento acordado no final de 2016 pelos 14 países da OPEP e dez outros países produtores de petróleo, incluindo a Rússia.
O entendimento implicou a retirada do mercado de 1,8 milhões de bpd desde 1 janeiro de 2017, o que incentivou a diminuição das reservas e a subida dos preços.
No relatório mensal considera que o aumento das reservas de 2014 para 2016 se deveu ao excesso de oferta, voltando a defender o corte como "resposta necessária à urgente necessidade de avançar no reequilíbrio do mercado" e "acelerar o regresso à estabilidade do mercado".