O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural anunciou esta terça-feira o processo de compensação dos prejuízos com os incêndios que assolaram o país durante este verão.
Capoulas Santos explica que existem três patamares baseados no valor dos prejuízos registados, de forma a chegar a todos os agricultores. Entre os 1053 euros e os 5000 euros "os prejuízos serão suportados a 100%", entre "5001 e 85.000 será 80% e acima dos 85.000 até aos 400.000 será 50%". O ministro da Agricultura acrescenta ainda que a medida é acumulativa, o que significa que um agricultor que terá mais de 85.000 euros de prejuízo receberá a totalidade até aos 5000 euros, 80% até aos 85.000 e o restante valor em 50%.
"É um processo simples", explica Capoulas Santos, acrescentando que "foi muito bem acolhido pelos autarcas". O processo abrange os incêndios ocorridos em julho, agosto e setembro.
Para os agricultores que dispõem de seguro, o valor recebido pelos agricultores através das seguradoras, será retirado ao valor do prejuízo, uma questão colocada pela deputada do CDS Patrícia Fonseca.
A deputada centrista questionou ainda a razão para haver uma diferenciação entre os agricultores de Pedrógão, que têm acesso a este processo, e os de 15 de outubro que "têm de apresentar um projeto" para receber as compensações, o que implica um gasto extra. Capoulas Santos responde que "isso era no passado", uma vez que o governo tornou "os custos do projeto elegíveis para que as pessoas não tivessem que o pagar".