“Vamos ver.” Foi esta a resposta de António Costa à possibilidade de o ministro das Finanças, Mário Centeno, apresentar uma candidatura à presidência do Eurogrupo. O tempo está a contar e o governo português tem menos de duas semanas para tomar uma decisão.
A hipótese está longe de ser pacífica dentro da geringonça, mas alguns socialistas ouvidos pelo i defendem que teria vantagens para Portugal. Ana Gomes, eurodeputada do PS, entende que o ministro português tem “possibilidades e isso é bom” para Portugal. “Este lugar cabe a alguém da família política socialista e sem dúvida que o mais qualificado é Mário Centeno pelas provas que deu. Não é nenhum problema para Portugal porque o cargo de presidente do Eurogrupo é acumulado com o papel de ministro das Finanças. Não vai diminuir o papel dele como ministro das Finanças. Pelo contrário.” A eurodeputada socialista revela que os contactos que tem feito, em Bruxelas, vão no sentido de que “há hipóteses muito sérias” de Mário Centeno vir a a assumir a presidência do Eurogrupo.
Centeno nunca fechou a porta a uma candidatura e em várias entrevistas admitiu que a presidência do Eurogrupo é “uma possibilidade”. Vitalino Canas, coordenador do PS na comissão de Assuntos Europeus, defende que “seria um indicador de prestígio do nosso país” e “um reconhecimento do trabalho feito”. Canas afirma que é “totalmente favorável” à ida do ministro português para a presidência do Eurogrupo.
António Costa não fechou a porta, mas também não a abriu. “Há várias possibilidades sobre o futuro do Eurogrupo. Tomaremos uma decisão no momento próprio”. O primeiro-ministro tinha admitido, em abril, que a candidatura de Centeno não estava “nas nossas prioridades”, embora fosse “prestigiante” para Portugal.
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