Na Madeira, Pedro Santana Lopes passou um dia, mas sentiu ganhar terreno num cenário político cada vez mais instável internamente e algo dividido no que toca à disputa para a liderança social-democrata.
Há eleições para o Governo Regional antes das próximas legislativas – caso a legislatura termine; coisa que Santana não tem como certa – e o óbvio é que ninguém quer ir contra António Costa como o primeiro presidente do PSD a perder a Madeira para o Partido Socialista. Rio e Santana, de um lado e de outro, escutam esse receio.
No dia de Santana, todavia, não se vislumbraram sombras naquela ilha. Enquanto na Madeira, o ex-Provedor da Santa Casa da Misericórdia falou exclusivamente da Madeira. Política regional apenas: da coesão territorial para o regime fiscal específico dos madeirenses. E acrescentou, em jeito de defesa, que considera «inadmissível» que a Madeira continue a pagar juros da dívida de valor superior aos do continente – isto é, que se financie a preços mais altos que os de Portugal continental.
Além disso, o candidato falou também contra a demonização da zona-franca madeirense por parte dos partidos que apoiam o Executivo de Costa, o BE e o PCP, mais economicamente ortodoxos.
(Notícia públicada na última edição do semanário SOL)