Centeno promete participação ativa de Portugal na zona euro

“É com espírito construtivo que abraço este desafio”

O ministro das Finanças confirmou a sua candidatura à liderança do Eurogrupo, cuja eleição será na segunda-feira, e prometeu uma voz portuguesa ativa nas discussões e na formação de consensos na zona euro.

“Decidi candidatar-me à presidência do Eurogrupo, faço-o enquanto ministro das Finanças do Governo”. E acrescentou que o faz com o intuito de promover a “formação dos consensos necessários para completar a União Económica Monetária. Vivemos num tempo de decisões importantes na zona euro. Portugal deve participar de forma ativa neste processo, oferecendo o seu contributo”, afirmou esta quinta-feira.

O governante sublinhou também o “espírio contrutivo” com que abraça este desafio e fez questão de lembrar a resiliência de Portugal em ultrapassar os obstáculos financeiros.

Para Centeno, o exemplo português "mostra como na Europa é possível aliar objetivos de consolidação orçamental e de crescimento inclusivo que gera emprego de qualidade. Portugal soube ultrapassar desafios importantes, alcançando um padrão sustentável de redução da dívida, de fortalecimento do setor financeiro, de melhoria das condições de financiamento da República e de recuperação de empregos".

"Portugal participa ativamente no debate europeu e na formação dos consensos indispensáveis para que possam efetivamente avançar as medidas de reforço da moeda única, que deve ser verdadeiramente vista como uma moeda comum e que tenha aliado o crescimento da economia europeia”, adiantou.

Sobre o desempenho das suas funções a nível nacional, o governante deixou a promessa de “continuar a trabalhar para prosseguir o caminho de fortalecimento da economia, do nosso tecido social”.

“Espero ao nível europeu também contribuir para este esforço, num projeto que é comum e que tem de ser vivido de forma idêntica em todos os países da área do euro”, acrescentou.

O ministro português entra oficialmente na corrida à sucessão de Jeroen Dijsselbloem, segundo o Financial Times, como o ‘favorito’, Centeno conta com o apoio da maioria conta com o apoio da maioria dos socialistas, tendo superado uma possível candidatura do ministro italiano, pertencente à mesma área ideológica de centro-esquerda.