Se a apresentação da comissão de honra de Rui Rio se aparentou a um desfile de cavaquistas (com o antigo chefe da Casa Civil Nunes Liberato e o ex-ministro Miguel Cadilhe como rostos), Pedro Santana Lopes vem agora contrariando a vaga com novos apoios. A Álvaro Barreto, também ex-ministro, juntam-se-lhe António Martins da Cruz (que aconselhou Cavaco Silva para a política externa durante nove anos) e ainda João de Deus Pinheiro, que teve as pastas da Educação e dos Negócios Estrangeiros em governo de Aníbal Cavaco Silva.
O cavaquismo, afinal, não é assim tão unânime. Mas o Porto vai ficando.
Rio muito forte a jogar em casa
Depois de Gaia, a concelhia do PSD/Porto declarou ontem apoio à candidatura de Rui Rio à lidernança do PSD, fazendo assim com que o ex-presidente da Câmara da Invicta conte com os dois maiores concelhos do seu distrito.
Em comunicado, a estrutura local justifica a sua preferência. “Enquanto presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio foi exemplo de rigor e seriedade na gestão do Município, conseguindo transformar a Câmara Municipal do Porto numa organização eficiente e próxima dos Portuenses. Paralelamente, foi também capaz de revolucionar positivamente a cidade, preparando-a para um ciclo sustentado de desenvolvimento assente no equilíbrio das finanças municipais, na reabilitação urbana e na mudança de paradigma social do Porto”, considerou a comissão política concelhia, que insistiu também num ponto que vem sido defendido por Rui Rio: “O apoio da Comissão Política Concelhia do PSD do Porto a Rui Rio não é apenas um ato de gratidão e reconhecimento pelo seu papel no desenvolvimento da nossa cidade, mas é, acima de tudo, a certeza da melhor escolha para quem esperamos e acreditamos, será o próximo primeiro-ministro de Portugal”.