A comandante da esquadra da PSP de Alfragide, na Amadora, acusada de violência racial não irá a julgamento.
De acordo com a RTP3, esta segunda-feira era apontada como o prazo máximo para uma decisão em relação ao julgamento. Hoje, o Ministério Público anunciou que o caso não seguirá para julgamento por falta de provas: "O Ministério Público corroborou a posição da defesa daquela arguida e pediu para que não seja julgada porque não existem indícios suficientes", disse Hélder Cristóvão, advogado de um dos agentes acusados.
Em causa estão 18 agentes da PSP acusados de denúncias caluniosas, injúrias, ofensa à integridade física e falsidade de testemunho, no seguimento das agressões a um grupo de jovens da Cova da Moura, na Amadora, a 5 de fevereiro de 2015. Só este elemento evitará o julgamento.
Numa entrevista ao i, Paulo Rodrigues, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, falou sobre este caso e revelou que a agente em causa não estava na esquadra quando ocorreu este caso: "no caso de Alfragide, há um elemento que nem estava lá – estava de folga – e é constituída arguida. Porquê? Porque se enganaram na lista. Esses erros não são admissíveis. Depois vêm dizer que fazia parte da esquadra… Todos fazem parte da esquadra! Até a senhora da limpeza faz parte da esquadra! Como era uma mulher que foi limpar o sangue que havia, e como a comandante da esquadra era uma mulher também, confundiram-nas e constituíram a comandante arguida, quando ela não andava de vassoura na mão nem estava na esquadra. Quando há erros destes, alguma coisa está mal".
Notícia atualizada às 18h10