No discurso inicial do debate quinzenal com o primeiro-ministro que decorre esta quarta-feira na Assembleia da República, António Costa anunciou que "o governo apresentou ontem [terça-feira] na Concertação Social a proposta de aumento do salário mínimo nacional para os 580 euros".
O anuncio surgiu no meio de um discurso que reforça os resultados alcançados pelo governo nos primeiros dois anos da legislatura, com destaque para o crescimento, o emprego e a igualdade, segundo o primeiro-ministro "os três grandes desígnios com que nos comprometemos perante os portugueses".
"Podem questionar a estratégia, podem não concordar com as políticas, mas não podem contestar a realidade", afirmou Costa, "hoje temos mais crescimento, melhor emprego e mais igualdade".
Sobre o crescimento e o emprego, o primeiro-ministro afirmou que o país está "a crescer mais do que crescíamos em 2015", que está "a crescer ao ritmo mais acelerado desde o início do século", foram "criados nos últimos dois anos mais de 242 mil postos de trabalho e a taxa de desemprego recuou para o nível mais baixo desde 2008", acrescentando que está nos 8,5%.
"Mas sabemos que as feridas provocadas pela crise estão longe de estar saradas", prosseguiu Costa. "Estamos a dois mil milhões de euros da riqueza que tínhamos antes da crise, a 300 mil postos de trabalho do total do emprego que existia em 2008 e a intensidade da pobreza continua 4 pontos percentuais acima de 2008".
Costa afirmou ainda que a necessidade de "continuar a aposta à primeira infância, na ação social escolar, no rendimento social de inserção e no complemento solidário para idosos".