Sente que o país ficou diferente depois de também ter feito campanha nas autárquicas?
O país é muito diferente daquilo que António Costa tenta vender a partir de Lisboa. Depois das duas tragédias em que o Estado falhou, teve o descaramento de afirmar que este foi um ano saboroso! Conhecer o país é conhecer as suas pessoas, os seus anseios, as suas dificuldades e respeitá-las. Nesse aspeto Pedro Santana Lopes tem uma vantagem enorme.
Os estilos de Passos e de PSL são muito distintos?
Há algo que eu destacaria de comum ao atual presidente do partido e ao futuro presidente do partido: o humanismo. Mas o que nos interesse verdadeiramente acentuar é a diferença entre Pedro Santana Lopes e António Costa. Repare, além da reposição de rendimentos que já estava a ser feita com Pedro Passos Coelho, que medida, que reforma estrutural fez António Costa em dois anos de governação? Eu respondo-lhe, nenhuma. Zero. António Costa é um gestor do dia-a-dia. Em dois anos de governação António Costa não acrescentou nada para futuro.
Espera voltar a trabalhar em São Bento depois de já ter trabalhado com Passos?
Há duas certezas que lhe posso revelar. Uma é que os militantes do PPD/PSD, quando tiverem Santana Lopes como líder não votarão em António Costa. A outra certeza que tenho é que só com Santana é que será possível derrotar António Costa nas próximas legislativas e voltar a colocar o PPD/PSD a liderar o país.
Qual é a maior dificuldade de uma campanha hoje em dia?
Combater a pós-verdade.
Quão importantes continuam as quotas para decidir umas eleições diretas?
O que considero relevante para se decidir umas eleições diretas são as ideias, a capacidade de cada candidato e o projeto que apresenta aos militantes. A relevância das quotas prende-se com o reforço nas tomadas de decisão e o fortalecimento de qualquer organização independente. Quanto mais os seus militantes ou associados tenham em dia as suas responsabilidades, mais ativos e exigentes poderão ser perante a liderança.