Rui Rio trouxe para a campanha interna do PSD “as trapalhadas” de Santana Lopes, quando exerceu o cargo de primeiro-ministro, em 2004. Numa entrevista ao “Diário de Notícias”, o candidato à liderança do partido, quando questionado sobre a polémica dos debates, afirmou que “nisto dos debates ele está a fazer exatamente as mesmas trapalhadas” que fazia no tempo em que governava o país.
“São as tais trapalhadas típicas do Pedro Santana Lopes, que tem dito que aprendeu muito com estes anos e que está muito diferente, que é melhor não falar desse passado de 2004 porque ele aprendeu muito e, afinal, aqui temos exatamente a mesma coisa. Agora, eu pergunto: o que é que ele quer, afinal? Isto tem de levar um ponto final e o ponto final é: há um debate na RTP”, disse o ex-autarca.
O candidato defendeu que “uma coligação de governo com o PS é algo que só deve acontecer em situações absolutamente extraordinárias porque são os dois partidos que vão alternando no poder” e de “certa forma é mais normal a nossa coligação ser com o CDS”.
Rui Rio está convencido de que, se vencer as eleições internas no PSD, tem condições para conquistar a maioria absoluta e voltou a afirmar que o PSD não é um partido de direita. “O PSD, tal como o nome indica, é um partido social-democrata e a social-democracia pode ser um pouquito mais à direita ou mais à esquerda, mas é basicamente de centro. Ou seja, não pensamos todos da mesma maneira, como é lógico, agora se está cá alguém dentro que é muito de direita ou muito de esquerda não está cá bem dentro, tem de estar noutro lado, como é lógico, e é neste espaço que eu me situo”, disse o ex-presidente da Câmara do Porto.