No início do processo a Lufthansa mostrara interesse em comprar a comprar a Niki, companhia low cost também subsidiária da Air Berlin. Mas desistiu durante o processo de revisão da fusão feito pela CE.
"A nossa missão consiste em garantir que as fusões não prejudiquem os consumidores europeus. A Lufthansa propôs soluções que garantem que os efeitos da aquisição da LGW sobre a concorrência são limitados", afirmou a comissária europeia da Concorrência.
Em comunicado, a responsável revelou que metade de todas as autorizações de voo (‘slots’) no aeroporto de Dusseldorf vai permanecer em empresas concorrentes e que as da Lufthansa apenas vão crescer 1% com este processo.
"Isto vai ao encontro das nossas preocupações, por isso aprovámos hoje a aquisição proposta, segundo as regras europeias de fusão", afirma Margrethe Vestager no comunicado, citado pela agência Lusa.
O documento acrescenta que esta aprovação é "condicionada ao cumprimento, pela Lufthansa, de compromissos para evitar distorções da concorrência".
A Air Berlin, a segunda maior companhia aérea alemã – a Lufthansa é a primeira -, declarou insolvência em agosto e avançou com um processo de venda de ativos.
A 12 de outubro fechou um acordo de compra e venda com a Lufthansa para vender a Niki e a regional LGW, e ainda outros ativos (frota, tripulação e 'slots' em vários aeroportos, sobretudo na Alemanha, Áustria e Suíça).
O acordo previa a possibilidade de a Lufthansa desistir da compra da Niki. Uma situação que se verificou a 13 de dezembro, o que fez com que a low cost avançasse para a insolvência no próprio dia e iniciasse um processo de venda.